Trinta anos sem Manos Loizos
Era sexta-feira, 17 de setembro de 1982, quando o grande compositor Manos Loizos partiu de repente e prematuramente na idade de 44 anos, deixando para trás um legado de boa música, mas também uma grande lacuna.
Manos Loizos, para que saibam os mais jovens e para que os mais velhos se lembrem, foi um músico, compositor, letrista e cantor. Nascido em 22 de outubro de 1937, em Alexandria, e falecido em um hospital em Moscou em 17 de setembro de 1982.
Desde criança se envolveu com a música: com sete anos estudou violino, originalmente como amador e depois no Conservatório Nacional de Alexandria.
Depois de terminar o colegial em 1955 vai para Atenas para graduar-se. Inicialmente cursa a Faculdade de Farmácia da Universidade de Atenas, mas no início de 1956 abandona-a para frequentar a Suprema Escola de Economia e Negócios. Por um curto período, frequenta a Escola Vakalo para estudar pintura. Em 1960, ele abandona seus estudos na universidade e trabalha ocasionalmente a fim de sobreviver: às vezes como garçom, outras como designer gráfico em agências de publicidade, ou como músico em boates.
No final de 1961, início de 1962, participa de uma iniciativa para criar a Associação dos Amigos da Música grega. Na primavera de 1962 é utilizado por Mikis Theodorakis como diretor do coro da Associação de Amigos da Música Grega em apresentações da Omorfi Poli.
Manos Loizos hospeda-se na casa de ex-mulher do seu professor francês de Alexandria, Didos Petropoulou, a qual trabalhava na Empresa de Difusão Nacional. Ela recomenda o jovem músico a Mimis Plessas, que o apresenta à gravadora Fidelity. Em 1962, ele grava seu primeiro disco de 45 rotações (sarantapentari) rua chamado “To tragoudi tou dromou”, com letra de Federico Garcia Lorca e interpretação de Giorgos Moutsios.
Quando vem a Junta Militar, foge para a Inglaterra (em setembro de 1967), para regressar à Grécia no início do próximo ano.
Em 1972 torna-se um dos membros fundadores da Associação dos compositores da Grécia, criada para combater a pirataria e a censura.
Na noite de 17 de novembro, é preso em sua casa em Holargos e detido por 10 dias.
O 1978 torna-se o presidente da Associação dos compositores da Grécia.
Em outubro de 1981 dá entrada no Hospital Geral do Estado com pericardite e insuficiência renal e no final do ano viaja a Moscou para exames médicos. Em 8 de Junho de 1982, sofre um derrame e fica internado por um mês no hospital. Em agosto, viaja a Moscou para tratamento, onde em 7 de setembro sofre o segundo derrame. Morreu dez dias depois, em 17 de setembro de 1982.
Manos Loizos colaborou com Lefteris Papadopoulos, Fonda Ladi e Giannis Negrepontis e Dimitris Christodoulou na composição e com os cantores Stelios Kazantzidis, Maria Farantouri, Haris Alexiou, Giorgos Dalaras, Giannis Kalantzis, Dimitra Galani e outros. Seu último álbum foi “Grammata stin agapimeni” (Cartas à amada), com letras do poeta turco Nazim Hikmet com adaptações para o grego de Yiannis Ritsos.
O ano de 2007 foi marcado no espaço musical como o ano de Manos Loizos, em homenagem aos 70 anos de seu nascimento e 25 anos desua morte.
As músicas mais conhecidas de Manos Loizos foram “O dromos”, “To zeimbekiko tis Evdokias”, “Mia kalimera”, “Ola se thimizoun”, “S’akoloutho”, “Kalimera ilie”, “De tha ksanagapiso”, “Teli teli teli”, “I douleia kanei tous andres”, “O Koutalianos” “Sevach o thalassinos” e muitas outras.
Fonte: Hit Channel