Grécia comemora centenário de Vassilis Tsitsanis
Se vivo fosse, nesse dia 18 de janeiro estaria completando 100 anos um dos maiores compositores da música grega: Vassilis Tsitsanis.
Nascido e criado em Trikala, na região da Tessália, começou sua carreira musical ao redor de 1938, tendo iniciado seus primeiros passos na música tocando violino, bandolim (que pertencia ao pai) e bouzouki, instrumento com o qual começou a se destacar no começo da década de 1940.
Escreveu diversas canções que falavam sobre os maiores e os mais singelos sentimentos humanos como o amor, a separação, a morte, a dor etc. Mais com Synnefiasmeni Kyriaki (Domingo Nublado) veio a grande consagração, canção-hino da música grega e uma das mais gravadas desde seu nascimento em 1948.
Tsitsanis inicou a terceira fase do rebetiko na Grécia, música nascida do submundo das prisões gregas e trazida ao país por imigrantes sobreviventes da grande tragédia de Smyrna em 1922, ocasião em que uma enorme população de gregos foi expulsa da Ásia Menor (região ao oeste da atual Turquia). Dentro do rebetiko cantou com a magestosa Sotiria Bellou, Marika Ninou, e outros como Giannis Papaioannou e Anna Xrisafi.
Morreu em 1984, em Londres, após cirurgia pulmonar, no dia em que completaria 69 anos.
Toda a Grécia homenageia durante este mês a memória desta grande figura, que a cada dia está mais viva nas melodias inesquecíveis e nas canções memoráveis que escreveu e que até hoje ecoam pelos lábios de todos os amantes da boa música grega.
Uma das homenagens acontecerá nos dias 20 e 21 no Megaron, em Atenas, sob a condução de Stavros Ksarhakos, com as vozes de duas cantoras que dispensam apresentações, Dimitra Galani e Eleftheria Arvanitaki. As apresentações começam às 20:30 e os ingressos variam de 25 a 65 euros.